segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Ora direis ouvir estrelas

www.iriahorn.net Iria Horn

 (Olavo Bilac)

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”




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Guarda a mim e os três tesouros que me dês-te com todo teu amor. Amém

EU

A vida é da cor que você pinta

www.iriahorn.net Iria Horn

De onde eu vim

De onde eu vim
De onde eu vim Das entranhas da luz De onde o tempo não tem fim E onde a felicidade se reproduz Havia um recanto guardado p’ra ti No infinito daquela muralha existe num castelo que nunca vi Mas onde, dizem,que nada falha Nesse lugar infinito Onde o amor (re)nasce E a tristeza se suicida No sitio onde viver é bonito E ter emoção é ser atrevida Lá, havia um ruela perfumada Pelo sonho de uma vida Que me estava pelo destino abençoada Vestia-me com um vestido da ousadia Andava de braço dado com o luar Procurei-te no trilho do amor Desorientada e perdida por não te encontrar Deixo-te na esquina do tempo a flor Que tenho para te oferecer Agora, já era tarde, tenho de voltar Para o lugar de onde vim Amanhã voltarei para te procurar Porque os sonhos são sempre assim angela caz